O vento, quase imperceptível,
afaga as minhas raízes aéreas.
Descanso sobre a
página, uma folha tenra da primavera.
Uma folha como
qualquer outra, entre muitas outras,
com pouco e tanto
para contar, que segue facilmente
o andamento lento da
luz ávida, contudo, perfeitamente
incapaz de inundar a
cidade mergulhada na aridez de noite.
Entretanto, a ria, polvilhada
de pólen, leva-me para longe,
com a vontade que
eu trazia de me perder nesta neblina
autêntica, onde
deixo as pegadas de um gesto reflexo;
onde os sentimentos
transmutaram a paisagem e o nome
que te anuncia não
te diz e te dá a forma de um mistério.
Onde está a chave, o
destino de ir para onde já me encontro?
[massivo]
E perambulo pelas entrelinhas.....
abç
Por vezes fica a percepção, ou a certeza, de que andamos em círculos. O poema é um intrincado intenso de sensações e sentidos.
ResponderEliminarBjks
Já estás em casa... não precisas de chave...
ResponderEliminarMais um poema maravilhoso, homenageando a tua cidade de eleição... que adorei ler!
Bjs
Ana