Não são falinhas
tortas, palavras tatuadas ao acaso
num papel casual,
com uma tinta escura e paternal.
Gostaria que não
necessitasses de uma lei, ainda
assim cega, para
que te reconheçam como minha
igual, para que te
imponham em número, como se
fosses apenas isso:
um número, uma proporção,
uma simetria, um
gráfico… estatísticas de ocasião.
Mas, num certo
sentido de similaridade, deseja-se,
mas não se espera,
que deixem de existir homicidas,
violadores,
corruptos e corruptores… agressores,
ou a intolerância,
o sectarismo, a discriminação...
Deverias poder
estender-te pela ria, sem medo,
a bradar
felicidades em demoradas viagens salinas
com o tempo das
ruas e das marés, que não fecham
aos domingos. Mas
os senhores não mudam, não
vacilam. Têm a
urgência num repasto elaborado
e fácil, o
entendimento de uma hipocrisia milenar.
[massivo]
E em nome de uma hipocrisia milenar... celebra-se o Dia... para marcar a diferença nos demais...
ResponderEliminarQuisera eu, que este dia não fosse celebrado... para todos os dias, serem realmente iguais... e celebrados... entre iguais, por direito...
De qualquer forma, uma belíssima e assertiva homenagem, Henrique!
Beijinhos
Ana