…O dia demorou-se, rigorosamente diferente; desmoronou-se,
exactamente igual.
Não me resguardo da chuva, para me diluir nas gotas que
caem livres e independentes, sem me evitar. Espera-nos o chão. Hoje tive muito
chão e muita estrada, que será a mesma de amanhã, sem ciclo.
A ria está em silêncio. O som da sua respiração, em modos
simples e compreensíveis, é abafado pelo som da chuva descomplicada. O governo
da água, num Estado inundado.
Pouso a lua, que encontra a terra. Talvez consigamos
dormir.
Olá. Gostei imenso deste teu "relatar" de dia acompanhado da chuva e tanto chão na frente. Adorei a frase "... O governo da água num Estado inundado" nunca nada esteve tão certo. Espero que a Lua fique quietinha, a terra cante beixinho e consigas dormir e retemperar forças, para mais chão que te espera. Lindo, Henrique como sempre a tua forma de escrever e fazer sentir o que escreves. Beijinho e obrigado pela amizade.
ResponderEliminarObrigado, Verniz Negro!
EliminarBeijinho
Que a lua te tenha embalado na Terra que sustenta e o teu sono tenha sido sereno, choveu a noite toda,há dias assim repetitivos, cansativos, eu preciso de sol, sem ele tudo fica triste, tem cuidado com o chão que hoje tens pela frente a chuva não para.
ResponderEliminarbeijinhos
Obrigado, Luna!
EliminarGosto da chuva, da água, mas também preciso de Sol, da luz, do calorzinho!
Beijinho
Gosto do que li, como texto, cada frase e diz-me tanto.
ResponderEliminarNoto um Henrique diferente, e não será só muito trabalho, cansaço.
Um beijo e abraço.
Obrigado, Vera! Há um Henrique em execução!
EliminarBeijinho
Sem palavras. Adoro, sobre tudo, o simbolismo de pousar «[...] a lua, que encontra a terra».
ResponderEliminarUm beijo.
Obrigado, Laura!
EliminarBeijinho