quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nos meus olhos


Nos meus olhos há uma cintilação
E uma intermitência,
Por isso a vida me quer lograr
E com ela vou, de braço dado,
Numa marcha erguida.
Nos meus olhos há um brilho
Que vem de mim, do meu âmago,
Por isso corro, salto,
Sem, contudo, sair do lugar
E sem, porém, ficar sentado.
Daí a vida não me servir,
Porque não cabe em mim
E por isso choro e riu,
Todavia, em silêncio,
E, muito embora, sem lágrimas,
Porque sei que não terá fim,
Até ao último acto.

8 comentários:

  1. Vejo os sonhos, a inevitabilidade do fim da vida, a aceitação dos actos, o simbolismo dos olhos. Demorei-me. Há muito positivismo neste poema, que aparenta não o conter.
    Um beijinho!

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  2. Faz as pazes contigo mesmo e com a vida, senão nunca a viverás em pleno. Se algo não está bem, tenta mudar esse algo. Se não puderes, aceita-o e aprende a viver com isso. Deixarás então de chorar...

    Beijinhos

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    1. Queria evitá-lo, mas é forçoso que saia assim (embora pedante, piroso...): Work in progress... :)
      Beijinho

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  3. Mas... quando o ultimo acto chegar as cortinas vão correr e com elas ficarão os últimos risos e lágrimas de uma peça de teatro que findou.
    então aí sim, podes correr de mão dada pela vida com esse brilho que vem do teu âmago e seres feliz
    beijinhos

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  4. Lindo poema. Correr de mão dada com a vida. Afinal e apesar de tudo é o que temos de fazer para além de querermos sempre ou não. É o suposto enquanto cá estamos embora por vezes se lhes volte as costas sem vontade de tê-la por companhia nesta corrida, tal são as partidas que nos prega. Beijinho.

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    1. Sim, e o importante é, apesar das paragens, não ficar completamente imóvel, prosseguir, de frente.
      Obrigado!
      Beijinho

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