Pelo fim da tarde esguia
Fiquei-me pelo som pungente da ria
E rimos (a ria e eu)
Como quem parte céptico por Orfeu
E então os risos despertaram as messalinas
Vestidas de Rossio e varinas
Num adeus séptico de quem convida
Para um desagravo de vida
Não censuro o escarnecimento
Nem me provoca contentamento
Numa isenta neutralidade líquida
Que nos funde o dorso de ridícula
Já diluído na firmeza intrínseca de desapontamento
Que de autêntica ostenta o magro momento
Uma milésima de estima se mistura
Com a neblina que principia pura
E a ria acomoda-se genuína e resignada
Com o meu manifesto e legítimo nada
A ria tem dessas coisas,em silencio ela fala,pode ser uma boa companheira que sabe falar ao mesmo tempo escutar e assim vai fazendo deslizar sentimentos troca de sorrisos, e quando a neblina principia é como um cobertor na ria que a faz repousar, mas com quem ela partilhou momentos de paz essa tranquilidade não se desfaz, nem o sorriso se desvanece.
ResponderEliminarbeijinhos
A ria é uma excelente confidente, sim.
EliminarObrigado, Luna!
Beijinho
Olá Henrique. Será a ria uma confidente e uma companheira de risos e segredos como o é o mar para mim... E a neblina! É linda essa neblina que se levanta ou quase paira sobre a água. Lindo poema. Beijinho e boa semana!
ResponderEliminarObrigado, Verniz Negro!
EliminarBoa semana!
Beijinho