Um silêncio feito e outro
projectado.
O som fica tão longe!
O desejo imaterial de
preencher
Os espaços que fermentam a
distância
Com estrépitos de conforto
e consolo,
Alia-se à vontade material
de fruição
Do corpóreo intelecto de
uma luz viva
Com sussurros de deleite e
contentamento.
As sombras despem-se do cinzento-escuro
Para vestir o negro mate
E de ninguém, mesmo ninguém,
se recordam
Em torno, sem torno, de uma
vasta noite.
Repousadamente dorme a
chuva que cai
Numa viagem de eras milenares
E lava a insignificância
de um desuso,
Por vezes em sigilo.
Muitos momentos perpassam
Na memória de um amante em
silêncio,
Ainda que sereno seja.
Um silêncio formado e
outro despedido.
O som fica num ermo!
Não está só,
Ouço-o no recôndito do
alto mar,
Num peito de vaga e na
orla das costas.
O amor é um local alienado
e sem fadiga
E fica sempre assim,
Num marulhar ininterrupto,
Mesmo quando aparenta
dormitar,
Entre o anseio incorpóreo
de completar
E a determinação física de
apetência.
Um silêncio demisso e
outro que não se cala,
Nem pode calar, porque o
amor não é um ponto
E o seu som existe!
ResponderEliminarTanto passa pela memoria, são tantos os silêncios gritantes que vagueiam na noite, mas só o amor para os entender, os embalar, adormecer,pois não há tempo nem distancia que ele não possa ultrapassar, pode ser um simples ponto, mas um ponto que ninguém pode calar.
beijinhos
Só mesmo o amor para entender. Obrigado! Beijinho
EliminarE o que dizer?
ResponderEliminarO amor é silêncio, sussurro e ruído, agitação; sombras, penumbra e luz; corpóreo e incorpóreo. Adoro!
Também podes ficar em silêncio. [:)]
EliminarObrigado, Laura!
De nada!
EliminarFico, por vezes, em silêncio, sim. Hoje o dia está «embrulhado».
Um sorriso, uma boa noite de sono e tudo passa.
EliminarOs teus poemas são feitos de mundos de beleza e sonho. Fazem-nos meditar e crescer em encantamento. Beijinho Henrique uma boa noite.
ResponderEliminarObrigado, Verniz Negro, pelas palavras amáveis!
EliminarBoa noite!
Beijinho