Protegi e arrumei metáforas e alegorias. Senti frio, não
só o frio físico mas, também, aquele que arremete sobre o âmago e o invade. Não
me surpreende esse frio que vem de fora, surpreende-me a pronta renúncia e
desistência de algum do calor que vem de dentro. Não sendo meus, o frio ou o
calor, de forma sensata, consigo acautelar o frio com um simples casaco, que
transporto a tiracolo, mas nada posso fazer pelo calor que vacila, foge e se
transforma em frio, por mais que o afague e/ou feche esse abrigo composto por
discernimento e matéria que o favorece. Há calor que só se extingue, como, também, há frio que insiste em congelar.
É um texto fácil de criticar, no sentido de julgar desfavoravelmente, se existir a tentação de o ler fora de um contexto próximo do poético.
ResponderEliminarHoje quero «assinar em baixo», ficar imóvel e aconchegada.
Beijinhos!
Não é um manual de sobrevivência, nem um axioma, mas é uma verdade simbólica. [Sorrio]
EliminarExistem dias assim, em que queremos ficar imóveis, aconchegados e, relativamente, invisíveis.
Beijinho
quando ainda nos podemos surpreender é porque quem sabe,o calor que se extingue vá de encontro ao fio para não o deixar congelar.
ResponderEliminarbeijinhos
O que existe, embora efémero e/ou circunstancial, tem sempre serventia. É o lado positivo e o que importa, de facto. Gosto do «surpreender» como verbo pronominal, como sinónimo de maravilhar.
EliminarBeijinho