segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Finos reflexos audazes


Sagazes,
Sobre elas aludem,
Desejadas memórias com espera,
E não se iludem.
As imagens superlativas também vivem na parede,
Agarradas como uma era,
Agrupadas com uma mesma sede,
Vêem-nos sair, por vezes amiúde,
E não exigem explicação ou virtude,
Contíguas a um adeus sem serviço.
Partem, também, sem desculpa ou compromisso,
Como todo aquele que foi um passageiro e efémero.



11 comentários:

  1. memorias de um passado, lembrancas boas ou menos boas,povilham recantos do pensamento entram sem pedir licenca, mas ao longo do tempo acabam sendo mais suaves medos doridas e deixam de ficar"Agarradas como uma era" para ser simplesmente erva
    do jardim que as estacoes conseguem mudar.

    Desculpa a a forma como esta escrito sem acentos e mais algumas gafes mas estou na Irlanda e nao me entendo com o PC do meu filhote.

    Tirei aquela foto em Aveiro mas nao sei onde, foi uma vez que sai da estrada principal, perdi-me e encontrei aquele lugar a beira da estrada lindissimo,ja la fui 3 vezes procurar e nao dou com ele, acho que entrou em outra dimensao eheheh
    beijinhos





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    1. As imagens tendem a esbater-se e/ou a ganhar brilhos desconhecidos ou ignorados anterior mente. Gostei da transformação da era «agarrada» (a intenção era utilizar um termo forte) em simples erva do jardim que as estações conseguem mudar, é uma imagem de serenidade.

      O que escreveste está perfeitamente perceptível. Vou férias, se for o caso, que, de qualquer forma, seja uma boa estadia.

      Esse desvio poderá significar um perímetro alargado (assim já consigo incluir a zona limítrofe da pateira de Fermentelos, rio Águeda…). É muito bonita, a fotografia.

      Obrigado, Luna!

      Beijinho

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    2. *Com «Vou férias» queria dizer: «Vou desejar-te boas férias»...
      :)
      Beijinho

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    3. Já estão a acabar , hoje já voltei, e ao trabalho para a semana, porque será que o que é bom acaba depressa?
      beijinhos

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  2. Quem me dera poder expressar assim como tu, colocar no papel o que sinto, com verdades discretas...

    Bjks

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    1. És muito gentil. Isto é um pouco de «nada»...
      Beijinho

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  3. Estou aqui há um "tempão"... Eh! Eh! Eh! Como uma burra a olhar para um palácio!
    Lindo!
    Gosto do labirinto de imagens que crias neste poemas mais densos.
    Um beijinho, 'Rique!

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    1. (Espero que tenhas ficado sentada. [Eh! Eh!])
      A beleza estará nas tuas sensações.
      Obrigado!
      Beijinho

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  4. Há imagens que guardamos e imagens que nos guardam.
    Muito bom, o poema!
    Um beijo.

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    1. E imagens que possuímos e que nos possuem.
      Obrigado, Laura!
      Beijinho

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