as palavras caem como as folhas no outono
e nestes instantes afundo-me no banco,
num qualquer lugar, e descuro o flanco:
abandono-me nos abraços do sono.
sobrou-me o mesmo setembro em outubro,
o mesmo que me faltou em setembro;
o mesmo onde tracei trilhos que desmembro,
os que resistiram às ondas com que me cubro.
saberia acordar nos braços do desjejum do dia,
ainda palavras agarradas inteiramente à frase
inteira do sal grosso na manhã de uma melodia,
e encher a causa com a paz que extravase
em todas aquelas dissonâncias da harmonia,
que me chegam num mesmo e sempre: quase.
Que bonito Henrique, a paz que extravasa e enche os instantes de palavras que se assemelham a frágeis flhas de outono.
ResponderEliminarLinda também a fotografia _ gosto quando as cores criam essa tonalidade que lembra pintura em tela.
deixa um abraço