terça-feira, 17 de novembro de 2015

alcance


aveiro
aveiro | portugal
[grafíti - rua dos marnotos]



que figura devolverá o espelho ao homem de ódio? 
como iluminar a harmonia que não se move no peito? 
a minha voz aparecia-me cada vez mais distante 
na palidez das hipóteses e das questões vindas do terror. 
as guerras e os atentados, assim com as palavras, 
também têm silêncios, silêncios de todas as naturezas;
e abismos na compreensão. 

hoje, temo a revolta. 
como dizer-lhes que não é esse o caminho? creio 
que já aprendemos a separação no limiar da bala. 
é urgente reaprender e ensinar a paz e a tolerância;
abandonar a noite febril, para que as palavras respirem; 
trazer uma hipótese de amanhã, um pormenor 
de esperança que nos possa reencontrar. 



[o significado do silêncio]



2 comentários:

  1. guerras e atentados tem um barulho ensurdecedor, que provoca o silencio ao seu redor...

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  2. a foto é muito do meu agrado.
    o poema é um grito/mensagem para quem quiser entender.
    eu entendi, e muito bem.
    um beijo

    :)

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