aveiro | portugal |
o que faço eu com as árvores despidas?
olho para além da tristeza do outono,
enquanto recolho as palavras que caem
em todas as direcções, e a minha direcção
és tu e o desejo de te encontrar. mas
os brilhos, e as sombras, que trazem
sempre qualquer coisa, trazem-me a minha,
e a tua, ausência, numa imagem nítida
que desaparece com o cair da chuva
no perfil da possibilidade que atravessa
a cidade sem explicações e sem promessa.
não sendo o antes, talvez seja, isto, o depois,
e é o devagar, o abraço, a saudade;
é a maré aberta que exorta a probabilidade
do devir, a artificialidade de não ser:
tarde demais.
[o significado do silêncio]
Achei triste o que vc escreveu... ausencias, probabilidades de nao ser...
ResponderEliminarMas gostei da foto...pessoas sentadas... vendo a vida passar...
As estações se sucedem, dentro e fora da gente. E todas têm seus encantos.
ResponderEliminarBelíssimo Henrique.