canal de s.roque | aveiro | portugal |
viro sempre à direita, em october,
para virar à esquerda, mais à frente,
na avenida, onde ainda há pedaços
de amor espalhados em toda a sua
extensão e um cheiro a ria e a liberdade.
talvez possa virar em novembro e seguir
o rasto da destruição, antes da esquina
da letargia, no ângulo dos teus lábios
entreabertos.
os teus lábios são a estação estrepitosa
de qualquer época de qualquer ano.
os teus lábios são o abismo rumoroso
que se gera em mim, em qualquer latitude.
e se os meus lábios visitarem os teus lábios,
no poder do outono, nos múltiplos significados
do silêncio, ouviremos os estalinhos melódicos
e interjeições derramadas em verbos de átomos
impetuosos.
[o significado do silêncio]
Já estive, em Aveiro, há mais de três décadas.
ResponderEliminarHoje, a visita foi tão mais aprazível: teve lindo poema, ao atravessar as águas!
Beijo, Henrique.
O amor se derrama em qualquer estaçao... e os labios sao as testemunhas...
ResponderEliminarLindo o local da foto...
Talvez o mundo nao seja pequeno e possa 'virar novembro ' seguindo o rastro do silêncio.
ResponderEliminarSeria tão bom!
Lindo a foto ,belíssima a poesia.
abraços Henrique