Aqui mergulha a
cidade, onde já me confundo como parte
desta margem
indistinta e a desobedecer à solidão e ao mundo.
Não sei bem há
quantos anos-saudade percorro estes canais.
As palavras não o
dizem. Nem os meus olhos dizem a forma
da tua boca, do teu
nariz, dos teus olhos… De todo o teu rosto
completo pela luz
do luar, o brilho solto que inventa labirintos
para o amor
desvendar em várias velocidades e compassos.
Aqui, longe das
areias movediças das conjecturas, as emoções
são lugares contínuos
e habitáveis: o fermento da existência.
E a cidade prossegue,
sob a ria, por passagens subterrâneas.
[massivo]
Pura inspiração... uma vez mais com a ria, como cenário, e canal de todas as emoções...
ResponderEliminarMais um poema de leitura deliciosa...
Beijinho
Ana