O vento apagou a
luz, mas não levou consigo as palavras.
Abro a alma, fecho
os olhos, não sei o que fazer ao corpo,
e deixo-me cair no
abismo da espera e dos pensamentos.
Aí, conta-se o
infinito, sem dor, sem medo, sem mágoa;
dilui-se a importância, o
tempo, a própria vida e o lugar;
despe-se a superfície espessa dos dias, toma-se a forma
da sombra como fé, sem
a luz excessiva da esperança;
desliga-se o vento
e, por algum acaso, quase sempre
se encontra o trilho
que há-de salvar a ilusão de existir
para tragar a hipótese
da escuridão irremediável.
[massivo]
Um breve instante no tempo... em que se agarra um fiozinho de esperança... muitíssimo bem descrito... e mais um dos teus trabalhos que se não te importares, me ficará debaixo de olho, para o destacar lá no meu canto qualquer dia...
ResponderEliminarBeijinho! Boa semana!
Ana