O escritório espera
por mim, depois do café que não foi, e eu não
estou muito
sociável. Não quero partilhar a brevidade do espaço
e a cubagem do tempo
do elevador com a estranha árvore de saltos
altos que me
ultrapassou, há instantes, na cerimónia da calçada.
Não por me ter ultrapassado,
mas pela ramagem imaginária
e dolorosa que se lhe
adivinha e pela brisa angustiante que exala.
Ou, talvez, por
temer que esse brilho seja o meu reflexo concreto
e conclusivo, a minha
natural imagem elementar e decadente.
Eu subo, com o meu
mau feitio, com as minhas raízes enleadas,
mas vou pelas
escadas, depois destas palavras escorregadias
se colarem ao
triste e húmido papel amarrotado: a minha pele.
[massivo]
Este poema também não me deixa indiferente. Estou como que em arrebatamento, com o enredo, a mistura dos contrários, as imagens que contém... É agradavelemte efervenscente! Parabéns!
ResponderEliminar... agradavelmente efervescente...
EliminarDesculpe!
[ Uau! ]
ResponderEliminarE quando penso que já não há mais surpresas, eis que o poeta se reinventa...
Muito bom!
Bjks
Excepcional este pano de fundo... pela construção, e descrição... muitíssimo bem elaborada do cenário em que o mesmo decorre...
ResponderEliminarAdorei! Criatividade no seu melhor!
Beijinhos!
Ana