Gosto de dias
assim, dias em que o rebordo das palavras límpidas
espelha a azáfama
do Sol, que se multiplica em beijos meigos,
e o brilho dos
pássaros no céu aberto. Céu de um magnífico azul
tenso. Exemplifico
o azul tenso, como aquele azul que os nossos
olhos, não muito
líquidos, nem muito secos, prolongam em bondade
humana, de um
horizonte a outro horizonte diametralmente oposto
e a todos os seus
confinantes laterais e sucessivos, num céu imaculado
e de fundo
inalcançável; absoluto, quando em alto-mar e cerca do
meio-dia de um dia
perfeitamente limpo e de uma qualquer primavera.
Eu fico imóvel, com
o corpo no tempo, enquanto os lugares passam.
O lugar, como uma
medida de tempo, e o tempo, como um destino.
[massivo]
Adorei este poema cheio de céu... pintado de um azul optimista...
ResponderEliminarComo sempre, mais um trabalho fantástico! As duas últimas linhas... são mesmo a cereja no topo do bolo...
Beijinho
Ana