por vezes o poema não acaba e eu
queria dizer apenas coisas simples
mais simples do que a minha sombra
mais simples do que as mãos do vazio
mas a simplicidade complica-se na dor
que fica na fronteira dos nossos mundos
uma dor sem contusão entre a realidade
e a ilusão que desce entre os intervalos
da palavras que formam silêncios preciosos
que formam as próprias estrelas das noites
mais tristes e ocas que recordam as memórias
da luz de uma qualquer tarde compreensível
evidenciando que eu estou mesmo louco
quando queria escrever apenas que te amo
Henrique, simplesmente fantástico!
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