queria saber um pouco mais da noite.
não há qualquer confusão, ao longe.
a lua sorri sem medir o tempo e o espaço,
o amor e o mar bocejam no banco
e a areia adormeceu profundamente,
quando os sentimentos começaram
a falar. mas nem sempre é assim.
creio que estarão cansados da mesma
história atracada aos muros que ergui
ao meu redor, enquanto as horas vivem
os mistérios do pôr-do-sol, ao sabor
dos ventos frescos da noite, de quem
eu queria saber um pouco mais. algumas
árvores respiram o último ar, antes de
se despirem, na sede do outono; antes
de poderem explicar o efémero e o fictício.
e as estrelas dobram-se, para distribuir
felicidade e afectos, como se a noite fosse
um abraço. não há qualquer confusão,
por aqui, onde o sono de setembro não caiu.
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