outras vezes, o tempo voa, num hiato
de si mesmo. escoa-se por entre os dedos
de sonhos e sentimentos entrelaçados
em ondas e ventos, para aquecer o outro
lado da lua e regressar em sobressalto,
de improviso, sem palavras e ambíguo.
qualquer coisa sem colo e consumido,
enquanto eu vejo sem ver e sonho sem
sonhar, o que vejo a adensar-se no mar.
eu hei-de voltar, quando escorregar do verso,
quando a vida não cabe num só poema.
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