deixo que as janelas se definam, que descrevam a
estação;
que o relógio se acerte livremente na enumeração do
tempo.
entro na máquina da vida de onde procede o pão e a água;
vou, na inevitabilidade e na precisão, para a inexactidão
do dia.
cumprimento a senhora que varre alguns passeios da cidade,
os passeios onde com ela me cruzo, que só neles vejo,
neles
conheci e só dali conheço. é um desejo sincero de um bom
dia,
de segunda-feira a sexta-feira, os únicos dias que nos
encontram,
e a felicidade de ter um, de volta. ela, sem saber, mais
do que
varrer os passeios, varre-me as palavras e os silêncios,
sombrios.
[elipse]
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