canal dos botirões (canal da praça do peixe), aveiro | portugal |
talvez não se escolha entre o poema e a vida.
talvez porque, a vida, por vezes, também,
é o poema. ou este é um princípio, ou uma certa
ideia, de vida; pelo menos, uma margem humana.
reservo o raciocínio e as suas derivações, como quem
adia a identidade, a revelação e o desequilíbrio.
vem um reflexo de sal da elipse, o hálito a ria
e a mar. nenhuns lábios respondem. ninguém
no moliceiro de palavras. palavras que fogem
por entre os dedos simples do fim de um verso.
o moliceiro oscila sob o peso da respiração, como
se tivesse dado a volta ao mundo pela inspiração
da ria, e todas as suas palavras se soltam da fórmula
precisa, esgotas de uma viagem desconhecida
e inexistente, formas abstractas de uma mesma
ancoragem. e todas elas significam e dizem: amor.
[elipse]
Uma lindíssima declaração de amor, à poesia e à vida... que andam sempre interligadas...
ResponderEliminarA imagem está espectacular!
Como sempre, mais um post formidável, por aqui!...
Beijinhos
Ana