Agora, separadas das coisas, por detrás da vida, as
palavras
e as horas estão gastas e o corpo: cansado, mas
transitável.
Partilho o assombro dos silêncios afectuosos que tropeçam
em mim e nos silêncios da ria, já laguna, unida à
paisagem
translúcida que imita a cidade envolta em mistérios de
névoa.
Floresço para ti, várias noites, numa mesma noite, num
apetite
de luz e calor que conflui nos instintos que cruzam
razões
de memórias doces, de várias texturas, e que limpam o ar
quando, até, o tempo mais sólido se desfaz na ponta dos
dedos.
Outro tempo se faz na cabeça, no mesmo sentido do tempo
do coração: esquecem-se as palavras e as horas, o cansaço
e o corpo, que atravessa as distâncias inertes de um nome.
[massivo]
Silêncios... preenchidos pela emoção... sempre a melhor forma, dos silêncios se fazerem ouvir...
ResponderEliminarMais uma belíssima inspiração, que adorei apreciar por aqui...
Bjs
Ana