sábado, 26 de novembro de 2016

Ponto de partida


Por vezes, fico por aí, algum tempo, a inundar a cidade, 
abraçado por um fundo de ria, envolto por um segredo 
de vento que, depois, me agarra pela mão e me puxa 
até desaparecermos num princípio de noite e de rua, 
que existem em poemas que guardam a tua imagem. 
Então, a viagem é poética, a noite decifra os sentidos, 
apaga, piedosamente, as luzes e eu enrosco-me à vida, 
tão perto de me encontrar. 


 [massivo]



1 comentário:

  1. Um ponto de partida... onde a viagem poética... nos permite chegar...
    Mais um belo momento poético, muitíssimo bem imaginado e construído, com a ria e a cidade, como cenário de fundo...
    Beijinhos
    Ana

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