Gradualmente, as janelas enchem-se de luz.
O frio devolve as pessoas às residências,
pretende ficar sozinho, a oscilar pelas ruas.
Cruzo o seu caudal de memórias sem nome,
como se atravessasse, sem dor, à descoberta,
a secção dos congelados do supermercado.
Talvez encontre algum sustento; algum rasgo
alimentar de infinito sedento de companhia
cerebral; uma réstia de esperança desconhecida.
Há um sussurro atendido pela meditação
à entrada do corpo entregue ao espanto.
Este ainda não é o frio que me há-de deter.
[massivo]
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