Temo que te
confunda
Com a minha postura
Com os meus termos
Com a minha
alucinada lucidez
Com a clareza do
meu delírio
Às vezes fico um
pouco calado
Sou o erro da tua
vontade
Sem ser o
desejo do teu pecado
Sou o delito da
tua oração
Sem te ser
nada ainda e por fim
Depois do tempo
suspenso
Às vezes fico um
pouco calado
Receio que te confunda
Com o meu desprendimento
Com a minha escrita
Com a minha credulidade
Com o meu
olhar penetrante
Com o meu
humor sagaz ou vadio
Eu sou uma encruzilhada
Simples e
sinalizada
Num cruzamento
sem marcas e agitado
Um labirinto com
rumo
No centro de
um percurso sem sentido
Onde só vês complexidade
Por vezes não
me entendes
Sinto a
vitória e a derrota
Às vezes fico um
pouco calado
Eu choro
No tempo
Rio
No prazo
Fico magoado
Na duração
Sou feliz
No período
Sou tão só um
ser humano
No curso
Eu sei que às
vezes fico um pouco calado
Gosto de
imaginar que me abraças no silêncio
Que não se silencia
Onde o pardacento
acede a um pouco de paz
Na sede única de
um único beijo
Este é dos tais que me deixa sem saber que dizer. Não por não ser acessível, porque se fazem, porque são! Se os quisermos. Mas porque é tão belo que me deixa sem palavras, sem quase acção. É simplesmente um hino. Um marco. Adorei-o. Se pudesse levá-lo-ia por tão bonito, tão verdadeiro. Beijinho grande. Bom descanso e que tudo corra bem contigo e quem amas.
ResponderEliminarEu creio que é muito acessível, mas eu sou suspeito e tu és muito amável e amiga, o que agradeço.
ResponderEliminarObrigado, por tudo!
Os silêncios confundem(nos). Mas mesmo, por vezes um pouco calado, creio que sabes te fazer entender.
ResponderEliminarObrigado, S.o.l!
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