Da baixa-mar os vazios
Em construção numa vontade
Oca e pagã da ria, produzida
Em espasmos e calafrios
Da imaculada irmandade,
Pelos ventos zurzida,
Debaixo de olhares sombrios.
Os moliceiros, já descaracterizados,
Governados por marnotos
Com os fundilhos rotos,
Patrões mascarados, cauterizados
Pelos elementos em rigores,
E os seus moços, com pavores,
Correm com gemidos autorizados.
Lastimam os moliços, mortiços,
Há muito que pronunciam a viagem
Sem rumo, nem paragem.
Exigem carinhos e viços,
Oscilam em logros e vertigens
De correntes e origens,
De desembarcadouros e passadiços.
Tombou o Amor na posição de embuste,
Vagou lugar, de frente para o cais,
Zarpou com esperança no regaço
E harmonias de uma melodia de ajuste.
Arrastou entendimentos ambientais,
Inverteu sentido à clemência sem espaço
E sorrio, sereno, para o mais velho dos arrais.
Olá amigo, como estás? Mais um maravilhoso poema embora nostalgico. Um abraço imenso e um beijinho com amizade. Espero que esteja tudo bem contigo Henrique. Uma boa noite e um bom dia de amanhã. Obrigado pelo teu carinho.
ResponderEliminarNunca conheci ninguem que escrevesse assim.
ResponderEliminar(Não é uma critica, é um elogio.)
Beijinho
Uauuuu!
ResponderEliminarNão me sai mais nada...
:)
Bjks
Olá, Noctívaga!
ResponderEliminarObrigado, pelo comentário e visita!
Beijinho
Olá, S.o.l.!
ResponderEliminarObrigado! És muito generosa.
Beijinho
;)
Quinteto, olá!
ResponderEliminarAssim, também, fico sem palavras.
Obrigado!
:)
Beijinho