terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Matiz

 
Limpo os silêncios e as frases,
Abrevio o imenso que não nos une,
Que sei poder resumir em sorrisos
E em palavras de circunstância,
E condenso o tanto que não nos separa,
Em sorrisos que perlongo e pinto
E em vocábulos de entendimento.
 
Sei que não o vês assim,
Como cronologia sem demarcação,
Como presença sem prática,
E em trato agónico e sarcástico,
De impulso amaneirado,
Patenteias em relação inflamada
A fantasia do distanciamento.
 
Para além do escuro, da ausência
E do caldado, que vês,
Tenho um alento regular e habitual;
Sons e mensagens, assim como cores,
Cintilações e luminosidade,
De estima, afeição e de bem-querer,
Sem armas, escudo ou armadura.
 

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