sábado, 3 de setembro de 2011

Em modo de observação



     Uma mulher puxa, sem violência, uma criança pela mão, não porque esta, criança, não consiga acompanha-la, creio eu, mas, porque deixa para trás outros interesses ou outras vontades. Muitas vezes somos arrastados, ou deixamo-nos levar, ou queremos ser puxados: com alternativa, ou sem opção, ou alheados; por bondade, ou por poder, ou por distracção; por pessoas, ou por circunstâncias, ou pelo tempo, ou por vontades.


     Os cenários e as variáveis desses percursos podem complicar-se, multiplicar-se por diversas combinações. Não me apetece dissecar as idas na enxurrada ou contra a corrente, deixo o tema numa gaveta próxima. Quero absorver as cores, os movimentos, os odores, as sensações. Contemplação.


     Mais crianças seguem de mãos dadas, felizes, indiferentes ou contrariadas; em duetos ou em grupos. Por outro lado, por outros motivos, também há pares de jovens e/ou adultos que circulam de mãos dadas, possivelmente, por vontade de materializar a união; um simbolismo da caminhada conjunta, una, indivisível, de um só sentido; um estado de fusão. Indivíduos unidos sem distinção de género, raça e credo.


     É um ponto de partida e/ou de chegada.


     Haja paz!

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