sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A tal vez!


A tal vez!

Talvez!
Deixa um espaço incerto,
Um longe, tão perto,
E eu, que já me julgava desperto,
Deixo-me cair, uma e outra vez.
Ando, sem andar, enquanto falo, sem falar,
E levanto-me sem conta e certo
De que se perde a sensatez
Por cada som ou silêncio aberto.

Não choro,
Não riu
E se por certo demoro
Indiferente à indiferença,
Não é, tão próximo, pelo frio,
É, de longe, por estar cheio de um vazio
E a falta e o excesso de uma vontade imensa,
Maré que danço arredio
E com permissão peço licença.

Faz-me bem e faz-me falta,
Não tenho e procurei no sítio errado,
O mar, um mar fechado,
E um céu do mesmo modo, que salta.

Nariz, 31 de Janeiro de 2011

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