Por vezes, sinto a tristeza como sinto o sol: a arder-me,
na pele. Não por dentro, não irremediavelmente dentro,
mas à superfície, à flor das terminações nervosas.
É quando mais me dói que me peçam coroas de alegria.
Por vezes, sinto-a, à tristeza, como uma premonição
difusa,
uma porção não concreta de conhecimento inseparável,
inútil. Contudo, uma parte de mim, que se dilui no abraço
de um olhar, talvez, formado na memória ou na vontade.
Mas, não é tristeza a despedida que se guarda como
um intervalo, ou um apontamento, embora existam
tristezas assim, que guardamos para mais tarde remediar.
São as palavras que te dizem: até já! Ou mesmo: até!...
Eu não digo nada. Como poderia despedir-me de tudo
aquilo, ou de qualquer coisa, que fica em mim?
[massivo]
E por isso, as palavras de uma poesia... são sempre uma agradável descoberta... Marcam sempre um encontro... nunca uma despedida... são sempre um permanente... Olá!...
ResponderEliminarAdorei esta tua aguarela... plena de uma profusão de sentires, como sempre...
Beijinho
Ana