Parecem-me sonhos, os sonhos que aparecem.
A ria conhece bem a minha proximidade, a minha sombra,
a minha parte mais solitária, o meu ponto de partida.
Procura-me um trilho no rosto, na indecisão da noite;
uma entrada para o poema, num, ainda que breve, brilho
de luz, que indique uma passagem, que pode ser uma saída.
As imagens e as palavras estão cansadas, assim como eu,
também. Tudo conflui para um silêncio condescendente.
Talvez seja sol de outono em excesso; talvez possa fazer
da pele as minhas palavras e imagens descansadas, ao toque
calmo das mãos do vento, que invoca sensações distintas.
Os sonhos procuram que os veja para prosseguirem em paz.
A lua detém-se. Há estrelas reflectidas nos meus olhos.
[massivo]
Mais um belíssimo poema em jeito de homenagem à tua inspiradora cidade... que adorei!
ResponderEliminarBeijinhos
Ana