Quando se sente, inevitável, o temperamento das leis
e dos fenómenos atmosféricos no corpo, onde se funde
o lençol do gesto vago do finito, as recordações são consolações
viáveis, como um afago ou um abraço. Podem chegar pelo fundo,
fundo, de uma palavra, dos olhos, ou da pele. Nascem na mente,
mas deslocam-se pela circulação sanguínea para alimentar
o corpo.
Alimentam-se, então, mutuamente e numa espécie de
simbiose
que cruza a razão, os sentidos, os sentimentos, de dentro
para fora
e de fora para dentro, em múltiplas circulações,
finalmente, livres.
Não se contam, então, as palavras, nem conta, nem se
conta, o tempo.
[massivo]
Como sempre, um poema de uma densidade e intensidade impressionante!
ResponderEliminarMais um poema formidável!
Beijinho
Ana