Deixo-me enganar pela avidez dos meus olhos,
por eles vagueia uma multidão nocturna e ansiosa.
Procura, a multidão, ser vista, sem devolver o olhar,
para continuar a sonhar, num fractal de movimento.
Olho, agora, para a palidez lunar da ria. Reflecte a fundamental
imagem da cidade. A cidade definitiva, onde tropeço, e
fecho os olhos.
Assim, vejo o brilho dos teus [olhos] que me querem puxar
para dentro de ti,
para aí me deixarem, no lugar onde são desnecessárias
todas as palavras;
o lugar onde se esquecem todas as coisas, como as perguntas e as
respostas,
e se fica entregue a todos os sentidos físicos, metafísicos,
cerebrais…
O céu pode esperar, mas é para aí que eu vou tomar o teu
corpo.
[massivo]
Lindíssimo!... Enfim... mais um dos teus trabalhos, anotados na minha listinha de favoritos... para destacar durante o próximo ano, lá no meu canto, se não te importares!
ResponderEliminarBeijinhos! Virei durante a semana com mais tempo, apreciar os teus poemas de Novembro, que me escaparam, sem ter oportunidade de os comentar...
Ana