Espreitemos a parte de trás de um poema.
Há um princípio de
infinito: de horizonte, num céu nocturno
com névoa e com
alguns pontos difusos de luz; de raízes expostas
com pequenos
espelhos suspensos, onde cada um se pode ver
de um certo ângulo e
encontrar o seu ângulo morto; de várias formas
de solidão e de
vida e os seus opostos, de braços despertos e abertos;
de uma base de sentidos
e sentimentos, que podem não ser tão aparentes.
Ou podemos
encontrar um vidro transparente, onde, por mais que rodemos,
não se lhe encontre
a parte de trás.
[massivo]
Santo e Feliz Natal
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