segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

"X"


Da mesma forma que nem todos os que escrevem são escritores, 
nem todos os que empilham segmentos de frase, ou frases, são poetas. 
Posso, portanto, e porque quero, questionar se serei poeta. 

Os meus títulos são caricatos, risíveis e os meus versos não se escutam, 
nem na insinuação do frio, que procede não se sabe de onde. 

As palavras podem ser lugares amontoados 
que cabem num bolso da página da ria 
que é, também, cidade. 

Esquece as palavras; esquece a página, o bolso. 
Vê, dentro de ti, as coisas, as cidades, as pessoas 
distantes. Ainda vivo na tua memória? 


 [massivo]



2 comentários:

  1. A memória dos poemas salta sempre das páginas... e sempre se aninha, em algum sentimento dos leitores...
    Nenhum poema fica esquecido... de alguma forma ele fez sentido... e foi sentido, por quem o leu... e muito mais ainda por quem o escreveu...
    Beijinhos
    Ana

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