terça-feira, 10 de dezembro de 2013

apenas resistência





a ria abandonou a fundamental igualdade
a cidade está desampara e frequente
à mercê dos esgares do frio palpável
que a realidade arrasta indefinidamente
e que invariavelmente se expande
sustenho a respiração
reuni as memórias em espirais que cingem
apenas a eventualidade
numa caminhada nocturna
e partilhei designações na acidentalidade de abraços derivados
que invento para o gáudio do entendimento reiterado
regresso pelas mesmas vielas de pantomimas
num ponto de inflexão indefeso e desconexo
onde não há qualquer glória
apenas resistência que roça o benigno desapego


   

2 comentários:

  1. Rike!
    A ria, Aveiro, as tuas palavras, aparentam juntar-se num desalento que arrastas para um brilho poético tão teu, que te imagino a sorrir.
    Beijinhos!!!

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  2. Foto e poema lindos. Nem sei o que dizer, e já fiz vários "ensaios", tentativas...
    Estive aqui e gostei!
    Bjks

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