o tempo é célere na memória
onde por vezes não nos encontramos
num espaço de proporção irrisória
e por vezes somos a existência onde não estamos
numa sucessão grada e migratória
que de uma forma ou de outra estimamos
o dia entrou em dormência
o sol caiu subitamente no horizonte
assim com a rotina e a frequência
ainda me falta uma ponte
a travessia dos torpores
sem qualquer sinal que o confronte
doem-me as dores dos outros e as minhas
respiro fundo e sem querer afundo um pouco mais
caindo-me os rasgos e as linhas
o sorriso instala-se nas minhas expressões faciais
respiro esta que é a minha vida
em paradoxos de sentimento e dimensionais
a noite aboliu quase todas as cores
lançou novos sons e imagens
neutralizou e produziu odores
caminho com ela de braço dado sem paragens
irrevogável fonte de sabores
tranquiliza-se a ria que esconde os seus horrores
tranquiliza-se a ria que esconde os seus horrores
e invade-me o corpo apertado e de viagens
Bom dia, Henrique. Gosto.
ResponderEliminarSenti-me numa viagem preparatória para o recesso.
ResponderEliminarBjks
por vezes caminhar com a noite, tem o seu quê de magia....
ResponderEliminara foto está impecável.
beijo
Noite, espaço no qual se aguarda a luz. Viaja-se nas sombras que se vão com a aurora. Abraço.
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