para lá da janela morna
da choupana
que me habita desde
a alvorada
onde escorre uma
chuva de sonhos
e lágrimas
plásticas e imprecisas
é a estrada de
horizontes que me embala
nos solavancos da
direcção das normas
para ainda mais
longe daqueles que dormem
para o núcleo da
parte sensível do insensível
onde não se contam ou
somam as ilusões
é a noite que me toma
e desperta os papéis
que sustêm e aquietam
tenazmente as falas
releio os gestos, o
olhar, a audição e as memórias
dos exclusivos personagens
despidos e esculpidos
numa profusa respiração
profunda e insatisfeita
Intenso, cheio de vida, de emoções e sensações.
ResponderEliminarBjks