gosto das palavras que me servem de manto
eu que já fui o vento e o encanto
e que das palavras que me vem soprar também gosto
assim como das palavras onde me encosto
eu que já fui o rio e a margem
já fui a ponte o viajante e a viagem
hoje sou o odor que se segura
na área salobra das águas
hoje sou a dor que se mistura
na área incolor das fráguas
eu que já fui e que voltar a ser poderei
já não vivo entre as margens
mas ainda me alimento de aragens
eu que já fui e não voltei
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado, pelo seu comentário!