a cidade dorme em mim e eu disperso
o cheiro a lavado das escadas e patamares
já se esvaeceu e ficaram os sorrisos
tímidos na orla do abismo enfadado
ecoa distante o latir de um cão fatigado
de tragar razões maldições e universos
e que reúne a noite nas sobras do dia
e de poemas antigos mas ainda quentes
onde a fantasia se realiza sem existência
e a existência é ténue e mera fantasia
mas com estrelas que cintilam paciência
apenas a que é possível ver ou adivinhar
entre os brilhos da cidade em reverso
há partes de mim nas asas de uma borboleta
onde sou um ponto de partida e de chegada
a estação que é mais do que uma referência
onde brincam os poemas e as alusões verdes
em nuvens de um céu que tem alamedas
de paradigmas azuis e sonhos púrpura
com palavras brancas e insuficientes
para traduzir o verbo amar resgatado
Tantas coisas em uma cidade!... Sorrisos, pensamentos, imagens que a gente vai colhendo e colocando nas linhas do poema.
ResponderEliminarBom dia, Henrique. Lindo poema.