saí da rua lavada
dos tormentos pelos chuviscos
esgotado pelo convívio
com os monstros mascarados
entrincheirei-me
nas folhas húmidas de um jornal
entre os cabeçalhos
perdidos e efémeros
num nó que se
avoluma na garganta emudecida
para me barricar
mais tarde nas folhas lassas de um livro
sem conseguir
pousar a cabeça nos lugares ou termos
tão preenchido por
nuvens e pela vastidão do mar
as palavras e as promessas recusaram o almoço e o jantar
sentem o cheiro frio e desumano dos arlequins postiços
que se apresentam polidos e preenchem os dias nos noticiários
eu não fumo e é o
semáforo que me silencia e detém
e as pessoas mortificadas
com quem me cruzo
reflexos que dançam
e regressam vivos e experienciados
Os vários "carnavais", alguns constantes, e a inquietação. Lindo!
ResponderEliminarBjks
um Carnaval inquietante e em completo desassossego...
ResponderEliminarnostálgico...
:(