quarta-feira, 12 de março de 2014

urbe




peço um táxi para nos transportar
corre uma urgência na cidade
que eu não vejo em mim
as juras que me cobrem
penteiam-se sob a luz dos candeeiros
agarradas às doutrinas sem termo certo
para idealizar sem tempo
enquanto o automóvel avança
por ruas que desconheço
onde procuro identificar o poente
no ângulo restrito e em movimento
na luz uniforme do céu limpo
de estrelas inacessíveis
as palavras não sabem
que transportam palavras em si
chegámos ou chegaremos à razão




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