o sol-poente adormece as flores
que se recolhem como quem olha
para dentro à procura de respostas
pergunto-me se não será a esperança
como que uma mentira para nós e para
o mundo muito doente e à deriva no espaço
no tempo e na dimensão que não prevê estes
motins de sentimentos sitiados na cidade
mal definidos por sinais intermitentes
que impõem que não fiquemos tristes
como que uma fantasia que criamos
para cair constantemente até ao fim
do sentido que é pensar no destino
dos afectos como fatalidades palpáveis
num horizonte que está sempre mais além
eu retiro o dia da estrada para o abrigar
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado, pelo seu comentário!