segunda-feira, 3 de março de 2014

numa plantação de distância




eu não vi a rua por onde passo tantas vezes
a ria deserta aguarda por mim nos canais em extinção
desprovidos das marés por uma parábola de neblina
eu não espero a ria que não pode vir
assim como o ocaso que perdi num eclipse de oportunidade
as palavras desarrumadas brincam com as imagens dispersas
numa melancolia compassada que se escreve
e fazem vénias à saudade que alimenta a esperança da luz
a rua por onde passo tantas vezes não me viu




4 comentários:

  1. Bom dia, Henrique. Lindo poema! Hoje também escrevi sobre estradas. Depois eu posto. Abraços.

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  2. Henrique,

    Hoje venho lhe fazer um convite! Estou escrevendo em outro espaço com mais amigos, pois o Infinito Particular desapareceu sem que eu consiga achá-lo.
    Já fiz de tudo, mas como não consegui resolvi blogar em outra página onde fui muito bem recebida.
    O blog é de excelente qualidade e muito bom gosto e sou autora por lá e posto regularmente. Se desejar visitar-me ficarei muito feliz e se quiser nos acompanhar será uma honra.
    Lindo dia e um enorme abraço!!!

    http://refugio-origens.blogspot.com

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  3. A rua não nos vê, quando nós mesmos não somos capazes de nos ver...
    Belo poema!

    Beijinhos Marianos, Henrique! :)

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  4. Saudade... Henrique, muito bom!

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