terça-feira, 18 de março de 2014

urbe VII





quando se é o pombo na cidade
quando se possui apenas as penas
sem garantias e sem coberturas
e se emprestam plenamente as asas
de que serve o calor da realidade
quando chegam os desconhecidos
e nos esvaziam com zonas exactas
é o frio do fim da tarde que nos acalenta
clandestinamente a coberto das palavras
na trepidez de sonhos que perdem a vez
é a espera que nos apressa nos jardins
em trilhos da história que se assoma




2 comentários:

  1. A Urbe comporta tudo isso, até os pombos, muitas vezes sem asas.
    Lindo poema.

    Um muito feliz Dia do Pai.
    Beijinhos

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  2. Hoje já não me restam muitas palavras. Foi muito bom ler o teu poema.
    Abraço

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