domingo, 29 de julho de 2012

Tarde


A tarde rasa
Numa rasa
Com tamanho
Sem medida
Com equívoco
Sem engano
Sem dono e simples
No curso de uma vaga ideia
De provação em riste

Posição que trespassa a existência
E um suceder de horas

Guita de mar ao largo

Sempre o mar
Sempre a reviver-se
Sempre a esquecer-se

Um
Sargaço de reunião
Que as ondas projectaram contra as rochas
Numa fusão efémera

Anéis em ângulo reto
Uma recriminação rasa
Num pensamento obtuso
O horizonte está sempre mais à frente
O presente fica sempre mais para trás

U
Que seja arcaico
Que seja desuso
De chorar a ermo
Prevalece incógnita
A natureza

É tarde
Para quando
Pára quando
A tarde cair sobre os ombros
Com o peso dos termos
E surge o limite



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