segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

sem sugestões





distraidamente, encontrei-te num poema 
incompleto e perdido num bolso de um casaco 
nem tu sabias que andavas por aqui 
e disse-te «– olá!» quase sem querer 
quase sem perceber que eu já estava ali 
para me recordar que és real

se tu não estás, quando tu não estás 
(e tu não estás) e apareces assim, sorrio 
repleto de sombras e sol. recordações 
gosto que aperta as mãos que saem do papel 
não há um «para sempre» conhecido 
naquele «para sempre» incompleto inacabado 



4 comentários:

  1. Respostas
    1. «[…]
      não há um «para sempre» conhecido
      naquele «para sempre» incompleto inacabado»

      Nestes «para sempre» cabem a incógnita, a indefinição/ambiguidade… Para quem o bom e o mau são relativos. Contudo, um para sempre, em si, bom ou mau, contém, a partida, uma porção generosa de tempo. Numa grande quantidade de tempo cabem muitos pequenos (ou grandes) nadas, e um nada pode fazer tanta, ou toda, a diferença e mudar completamente o rumo inicial (para o bom ou para o mau, sabendo que o bom e o mau são, eles próprios, relativos).

      Mas teríamos pano para mangas... [:)]

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  2. Una imagen tan real como su presencia!
    Bella entrada, besos!

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