chovem recordações no monte farinha
lembranças imprevistas e abruptas
que ocupam os meus pensamentos
por vezes repetem-se como uma ladainha
mensagens e palavras incorruptas
que não pedem consentimentos
memória de outros e tão minha
reminiscências que se precipitam
em abraços que se protelam
e em gritos abafados e obstados
promessas submersas que se creditam
nas horas que aguardam e se rebelam
chovem recordações de fios rasgados
na noite que fende sobre vagas que militam
numa chuvada de reflexos súbitos de cidade
que se dirigem para a sarjeta das certezas
no ambíguo do afecto que é saudade
E como dói, a saudade...
ResponderEliminarBeijinhos Marianos!
mais um belo texto henrique, corrosivo na intensidade!
ResponderEliminarPor vezes chegam do nada e irrompem como uma tempestade.
ResponderEliminarLindo!
bjks