terça-feira, 14 de janeiro de 2014

uma princesa num poema de louco






na realidade a noite chegou
sem eu saber bem como
não sei se em sonho foi
que vem num acto mais e contínuo
e chego eu com ela
em parte
quando parte de mim ficou
não sei bem onde ou quanto
e quanto de mim se gasta e expande
onde tudo é nocturno e noite
quando hoje sou um errante
tão cheio de fantasias e dia
porque sou eu a narrativa
de suspiros erguidos ao relento
que admiram a luz das estrelas
que falam a língua dos reversos
onde tudo o que resta é ria
e uma princesa num poema de louco
que só dentro dele se pode ver
só fora dele em verdade existe
sem eu saber bem a que ponto
com mais dois na reticência
uma suspensão de infinito
num fragmento em vigília
onde afinal a noite acontece



5 comentários:

  1. Una fotografía espléndida y una fantasía que se viste de noche!
    Preciosas letras, te deseo una bella noche.
    Besos.

    http://sombriabelleza.blogspot.com/

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  2. Um poema bem denso, intrincado, intenso... Há nele tantos sentidos e sensações. Senti necessidade, positiva, de me concentrar bastante, li várias vezes... Adorei a sensação, a leitura... Fantástico!
    Bjks

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  3. As cores e as luzes da imagem, contrastam finamente com o sentir deste poema...

    Beijinho

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  4. intenso e enigmático, e de poeta e louco todos temos um pouco.
    a princesa não foge à regra.
    e deve estar feita musa, escondida nalguma estrela.

    beijo

    :)

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