Tudo o que escrevo é intencional. Bom, quase tudo,
e a intencionalidade não se transforma em biografia.
Por vezes, num estado febril, na ebulição da escrita,
num rasurar, excluir, refazer, apressar… aparece um erro.
E o erro pode ter vários tamanhos e ser mais ou menos
fatal. Caem-me algumas penas e, embora fique envergonhado,
não escondo o bico debaixo de uma qualquer asa de ocasião.
Para além disso, tudo é intencional, mesmo os títulos
mais parvos,
os restos de sentimentos, os rostos sem nome, as imagens,
a estridência da insanidade… o gosto, discutível… o amor…
Mas,
é claro que não inventei, propriamente, o amor, embora
tenha criado
um poema que o inventou. Sei, agora, que já outros o
inventaram,
rigorosamente, com palavras; com actos mais interessantes;
com outros engastes. E aquele, embora meu, embora seja,
para além da descoberta e do encontro, não é uma
invenção.
[massivo]
Realmente o amor não é uma invenção... mas para que não se corra o risco de que acabe... às vezes precisa de ser reinventado...
ResponderEliminarMais uma lindíssima criação tua... num misto de confissão... revelando a sinceridade no que escreves...
Beijinhos! Boa semana!
Ana